sábado, 31 de agosto de 2013

O Calor do Silêncio

Certa vez um membro da igreja desapareceu sem deixar aviso. Após algumas semanas, o pastor da igreja decidiu ir visitá-lo. Era uma noite muito fria e o pastor o encontrou em casa sozinho, sentado ao lado de um fogo bonito.
Já sabendo a razão para a visita, o homem deu boas-vindas ao pastor e o convidou para se assentar ao lado da lareira e ficou quieto, “esperando o sermão”.
Mas o pastor nada disse. Tão somente ficou contemplando a dança das chamas em volta da lenha ardente, como que ensaiando algumas palavras que nunca vinham. Após alguns minutos, o pastor tirou uma brasa ardente com uma tenaz e deixou-a de lado.
Voltou ao seu lugar e continuou em silêncio.
Quando a brasa já ia se apagando, o pastor jogou-a de volta na lareira e ela se reacendeu.
O dono da casa, que também tinha ficado calado até então, a tudo observava.
Antes de ir embora, o pastor fez uma oração e despediu-se. E o homem disse-lhe à porta:
- Até domingo, pastor!
- Até domingo, meu irmão.

Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
João 15.5